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Acessibilidade no esporte: iniciativas que deram certo
O Brasil possui pelo menos 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa aproximadamente 25% da população. Os números foram levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019.
A pessoa com deficiência (PCD) tem o direito de ser incluída na sociedade, sobretudo no esporte. A Constituição Federal Brasileira prevê a obrigatoriedade do poder público em promover e assegurar o acesso às atividades paradesportivas.
Essas ações oferecem alternativas que estão ao alcance dos atletas com deficiência e contribuem para o processo de inclusão social, físico e funcional. É sobre os esportes adaptados em iniciativas que deram certo que falaremos ao longo deste artigo.
História dos esportes adaptados para pessoas com deficiência
O esporte adaptado surgiu inicialmente para pessoas com deficiência auditiva, seguidas de atividades como natação e atletismo para deficientes visuais. Já a deficiência física começou a ser trabalhada após a Segunda Guerra Mundial para tratamento e inserção dos soldados mutilados.
Esse foi o pontapé para o surgimento de competições que resultaram nos primeiros Jogos Paralímpicos, em 1960, em Roma. Participaram 400 atletas de 23 países em provas para cadeirantes.
Pouco antes dessa data, em 1958, o desenvolvimento do esporte adaptado no Brasil se deu com a fundação do Clube do Otimismo no Rio de Janeiro e do Clube de Paraplégicos em São Paulo.
Hoje, é administrado por seis principais instituições:
- Associação Brasileira de Desporto para Cegos (ABDC);
- Associação Nacional de Desporto para Excepcionais (ANDE);
- Associação Brasileira de Desportos em Cadeira de Rodas (ABRADECAR);
- Associação Brasileira de Desportos para Amputados (ABDA);
- Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Mentais (ABDEM);
- Confederação Brasileira de Desportos para Surdos (CBDS).
Além disso, também existe o Comitê Paralímpico Brasileiro, responsável pelo regimento das 24 modalidades paradesportivas que fazem parte da entidade. São elas:
- Atletismo;
- Basquete em cadeira de rodas;
- Bocha;
- Canoagem;
- Ciclismo;
- Esgrimas em cadeira de rodas;
- Esportes de inverno;
- Futebol de 5;
- Futebol de 7;
- Goalball;
- Halterofilismo;
- Hipismo;
- Judô;
- Natação;
- Parabadminton;
- Parataekwondo;
- Remo;
- Rúgbi em cadeira de rodas;
- Tênis de mesa;
- Tênis em cadeira de rodas;
- Tiro com arco;
- Tiro esportivo;
- Triatlo;
- Vôlei sentado.
Diversos clubes e associações para a prática de esporte para PCD’s estão espalhados pelo nosso território, além de outros espaços públicos. Os municípios que utilizam a Placarsoft, por exemplo, podem indicar esses locais no portal exclusivo para as entidades oferecido pela ferramenta.
O principal lugar para treinamento de esportes adaptados no país é o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, com instalações esportivas, alojamento com capacidade para 300 pessoas, refeitório e mais.
Iniciativas que promovem a acessibilidade no esporte
Os Jogos Paralímpicos, espaços para a prática paradesportiva e outras ações não estão sozinhas. A seguir, acompanhe outras iniciativas que deram certo para o desenvolvimento do paradesporto.
Legislações brasileiras
O poder público não só pode, como tem dever o dever de contribuir, seja através de práticas dentro da Secretaria, Fundação ou Departamento Municipal de Esportes, executivo ou legislativo.
A Lei do Incentivo ao Esporte, nº 11.438/06, é a mais importante sancionada nessa área, porque permite que pessoas físicas e jurídicas destinem parte do imposto de renda para as entidades paradesportivas que atendam aos critérios legais.
Além disso, é válido citar a inclusão da pessoa portadora de deficiência em iniciativas governamentais relacionadas ao esporte nas diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e a Lei Pelé, de 1998. A última prevê a democratização do esporte, garantindo condições de acesso sem distinção.
Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, por exemplo, projetos de lei dispõem sobre a acessibilidade no município. Além da chamada Lei Municipal de Inclusão, outros oferecem descontos no transporte e competições voltadas para esse público.
Incentivo profissional
Apesar da pouca visibilidade e por muitas vezes falta de aprofundamento nos conhecimentos da prática de esporte da pessoa com deficiência, existem ações que cumprem esse papel.
O próprio Comitê Paralímpico Brasileiro oferece gratuitamente cursos de capacitação de profissionais para atuar no esporte adaptado, cursos e workshops. O estado de Goiás foi um dos que firmou uma parceria para disponibilizar essas formações à população.
Também possui o programa Atleta Cidadão, que oferece aos paratletas orientações, bolsas de estudos e acompanhamento. Conheça mais sobre ele aqui!
Benefícios
O Bolsa Atleta é o maior exemplo de incentivo que patrocina os atletas de alto rendimento de competições nacionais e internacionais com apoio financeiro. Os valores das parcelas variam conforme as seis categorias:
- Atleta de Base (R$ 370);
- Estudantil (R$ 370);
- Nacional (R$ 925);
- Internacional (R$ 1.850);
- Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100);
- Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).
Outros auxílios do poder público também fomentam o paradesporto. É o caso do programa Bolsa Talento, no Pará. Ele beneficia os paratletas e traz benefícios físicos e sociais.
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Essas são algumas iniciativas que deram certo no Brasil, nos estados e também nos municípios. Aposte também na Placarsoft, uma plataforma totalmente digital para as secretarias, fundações e departamentos municipais de esporte que é um sucesso. Solicite uma apresentação pelo (48) 99657-8306!